Acredito que todas as pessoas precisam ter um propósito de vida para se sentirem motivadas a seguir em frente, apesar das dificuldades cotidianas. Porém, não saber administrar as nossas emoções poderá ser um grande impasse para atingir nosso objetivo. O que fazer então?

          Nos escritos de Leon Tolstói, Cartas,

“Os homens distinguem-se entre si também neste caso: alguns primeiro pensam, depois falam e, em seguida, agem. Outros, ao contrário, primeiro falam, depois agem e, por fim, pensam.”

       O desenvolvimento da inteligência emocional é um ingrediente importante para conseguirmos administrar as nossas emoções (agradáveis ou não).

        São as emoções que nos orientam diante de uma escolha, de uma tomada de decisão ou mesmo diante de um obstáculo.

        Cada tipo de emoção que vivenciamos, durante a nossa existência, predispõe para uma ação imediata. Por isso, precisamos estar atentos(as) ao nosso repertório emocional (raiva, sensação de felicidade, surpresa, repugnância, tristeza, medo e amor).

     Quando conhecemos as nossas próprias emoções, reconhecemos um sentimento assim que ele ocorre, pois se deixarmos as emoções dominarem o nosso intelecto, ele não poderá nos conduzir a lugar algum. A capacidade de controlar os sentimentos é fundamental para obtermos o discernimento emocional e a autocompreensão para evitar de nos deixar a mercê deles.

      Não só reconhecer as emoções, mas saber lidar com elas é uma aptidão que irá se desenvolver na autoconsciência.  Quem não tem essa aptidão irá, provavelmente, lutar contra os seus sentimentos desagradáveis, dificultando a sua recuperação diante dos reveses, conflitos e perturbações da vida.

     Tampouco, colocar as emoções a serviço de um propósito é essencial para focar a atenção para a automotivação, o controle e a criatividade. O autocontrole emocional está por trás de qualquer realização.

      Também, reconhecer as emoções nas outras pessoas, ter empatia, é uma capacidade que poderá se desenvolver na autoconsciência emocional. Lidar com as emoções dos outros é uma arte de se relacionar. Saber escutar os sentimentos poderá evitar custos nas relações humanas e interpessoais. 

        Segundo Horace Walpole,

“A vida é uma comédia para os que pensam e uma tragédia para os que sentem.”

       Em vista disso, ter um propósito pode ser um grande estímulo para nos motivar a alcançar uma meta. Contudo, não será suficiente se não soubermos administrar os altos e baixos que fazem parte da vida e que precisam ser vividos de forma equilibrada. Por exemplo, a raiva não tolhida pela razão, tende a explodir em violência, pois a ruminação alimenta as chamas da raiva. Não é para eliminá-la,   mas não agir com base nela. Estar atento(a) ao que dispara a raiva e ter cuidado com o excesso dela para não permitir que nos arrebata e estrague a realização do nosso projeto.

   Portanto, precisamos desenvolver a inteligência emocional, aprender a administrar as emoções, bem como integrá-las à cognição que irá nos levar a ter uma melhor sintonia com nossos sentimentos, que é a chave para uma tomada de decisão mais sábia, para melhorar o desempenho nas áreas da nossa vida e determinar a sensação de bem-estar.