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Rosangela Perez / Instagram: @psicologarosangelaperez

Espaço destinado para provocar as mais variadas reflexões e inquietações sobre diversos temas do nosso cotidiano. Espero que contribua e o(a) estimule a transformar sua realidade. Meu site: www.psicologarosangelaperez.com.br

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16.10.22

A VOZ


sempreemfrente

       Vivemos escutando vozes externas e internas recheadas de múltiplos valores que acabam influenciando as nossas escolhas diárias. Muitas das vezes podemos nos sentir reféns delas. Será que podemos impedir que surjam em nossa mente? O que fazer?

 

            Destaco um trecho de um texto escrito por Ethan Kross

       “...as vozes da cultura influenciam as vozes internas de nossos pais, que por sua vez influenciam a nossa, e assim por diante pelas muitas culturas e gerações que se combinam para sintonizar nossa mente.”

 

       Somos influenciados e influenciamos a todo instante. Na era da informática e globalização, isso parece acontecer de forma instantânea. Não é apenas uma voz que ressoa em nossa mente, mas uma grande variedade, pulsando dentro da nossa cabeça. Fica um grande desafio que é manter uma espécie de bússola moral ao escolher qual voz irá nos guiar no caminho que acreditamos ser o melhor para nós sem nos desviar dele.

     

      Não é fácil fazer essa escolha, pois toda escolha terá consequências. É um dilema individual que afeta muitas outras pessoas. A decisão é orientada por uma ética, conjunto de princípios e valores de conduta que uma pessoa ou um grupo de pessoas tem, que marca a fronteira da nossa convivência.

 

     O princípio da ética é a integridade que nos ajudará a não nos desviar do nosso caminho. Ser sincero neste mundo tão cheio de falas mentirosas parece utopia, pois a grande maioria mascara sua intenção através de uma vozinha suave que não assume o erro. Vide as redes sociais cheias de filtro para impedir que enxerguemos as imperfeições.Tanto falatório, muitas vezes maquiado em nossa mente, que se não tomarmos cuidado adoecemos. Múltiplas vozes prejudicam tanto o nosso emocional como prejudicam o nosso físico.

 

     Por isso, precisamos pedir ajuda ao perceber que estamos perdidos(as) diante de tantas falas vindas de vários lugares que nem sabemos como administrar. Não conseguimos mais olhar para dentro de nós e nos distanciar desse falatório interno e externo. Acalmar tudo isso passa a ser uma questão de sobrevivência para encontrar o caminho que nos leva ao encontro com a nossa pessoa.Não podemos ganhar perdendo. Necessitamos ir de encontro com os nossos princípios e valores para viver de acordo com eles. Aprender a ser livre.

     

       No entanto, dentro da liberdade é tolo pensarmos em ética. No dizer de Stevens,

      “O que denominamos ética apenas é – uma parte da humanidade, que existe como uma resposta livre à vida e a todo viver. Como posso querer ferir você quando sinto que você é eu, e eu sou você? Como posso agradecer o que você me deu, quando sou você? (...) Não posso fazer com que eu exista, assim como não fazer com que o meu coração bata: só posso eliminar o que me impede de existir. Quando faço isso, estou aprendendo a ser livre.”

 

       A experiência de ser livre é um aspecto central da Psicoterapia. Ao buscar ajuda a pessoa poderá se tornar mais autônoma, mais espontânea e mais confiante. É a tal liberdade de ser que se é. Na relação com a psicóloga a pessoa começa a compreender que não é obrigada a seguir as expectativas das outras pessoas e muito menos ser guiada por vozes que não fazem sentido para ela. Não se sente mais obrigada a ser vítima de falas desconhecidas. Passa a assumir mais o seu protagonismo. Deixa de ser uma pessoa dirigida por forças externas e internas que não compreendem, que a deixam com medo ou desconfiança de profundos sentimentos e de si mesmo, por viver com valores que recebeu de outrem. Torna-se livre para desejar, necessitar e escolher. Aceita a força da sua natureza, sua singularidade, subjetividade, a forma como lida com as vozes internas e externas e sua potencialidade.

 

      Logo, não temos o poder de impedir que as vozes cheguem em nossa mente, mas se estivermos com problemas de falatório, será melhor buscar ajuda ao invés de querermos resolver o problema por conta própria ou ficarmos preocupados(as) com o que as pessoas irão pensar ou dizer se descobrirem que buscamos ajuda. A conversa que temos com nós mesmos, costuma envolver outras pessoas e elas nos envolverem, e pode nos fazer sentir melhor ou pior e aumentar a intensidade das vozes. Portanto, aprender a gerenciar dentro de nós mesmos as múltiplas vozes, reduzindo o ruído mental e a crítica interna, poderá ser uma escolha libertadora.

 

 

 

01.10.22

Outubro Rosa: prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama


sempreemfrente

"O mês de Outubro já é conhecido mundialmente como um mês marcado por ações afirmativas relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. O movimento, conhecido como Outubro Rosa, é celebrado anualmente desde os anos 90. O objetivo da campanha é compartilhar informações sobre o câncer de mama e, mais recentemente, câncer do colo do útero, promovendo a conscientização sobre as doenças, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e contribuindo para a redução da mortalidade.

 

O que é?
É o tipo de câncer mais freqüente na mulher brasileira. Nesta doença, ocorre um desenvolvimento anormal das células da mama, que multiplicam-se repetidamente até formarem um tumor maligno.

 

Como a mulher pode perceber a doença?
O sintoma do câncer de mama mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja; também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama, por isso é importante consultar um profissional de saúde.

 

Como descobrir a doença mais cedo?
Toda mulher com 40 anos ou mais de idade deve procurar um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizar o exame clínico das mamas anualmente, além disso, toda mulher, entre 50 e 69 anos deve fazer pelo menos uma mamografia a cada dois anos. O serviço de saúde deve ser procurado mesmo que não tenha sintomas!

 

O que é o exame clínico das mamas?
É o exame das mamas realizado por médico ou enfermeiro treinado para essa atividade. Neste exame poderão ser identificadas alterações nas mesmas. Se for necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia.

 

O que é mamografia?
È um exame muito simples que consiste em um raio-X da mama e permite descobrir o câncer quando o tumor ainda é bem pequeno.

 

O que pode aumentar o risco de ter câncer de mama?
Se uma pessoa da família – principalmente a mãe, irmã ou filha – teve essa doença antes dos 50 anos de idade, a mulher tem mais chances de ter um câncer de mama. Quem já teve câncer em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade, também deve ficar atenta. As mulheres com maior risco de ter o câncer de mama devem tomar cuidados especiais, fazendo, a partir dos 35 anos de idade, o exame clínico das mamas e a mamografia, uma vez por ano.

 

O auto-exame previne a doença?
O exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, esse exame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no auto-exame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde!

 

O que mais a mulher pode fazer para se cuidar?
Ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar. Essas são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer."

                                                                                                        (Biblioteca Virtual em Saúde).