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Rosangela Perez / Instagram: @psicologarosangelaperez

Espaço destinado para provocar as mais variadas reflexões e inquietações sobre diversos temas do nosso cotidiano. Espero que contribua e o(a) estimule a transformar sua realidade. Meu site: www.psicologarosangelaperez.com.br

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15.08.22

CANÇÃO


sempreemfrente

      Nunca vi um preguiçoso; já vi um homem que nunca corria enquanto eu o observava, e já vi um homem que às vezes dormia entre o almoço e o jantar e ficava em casa quando chovia, mas não era preguiçoso. Antes que me chames de louca, pensa: ele era preguisoço ou apenas fazia coisas que rotulamos de 'preguiçosas"?

 

     Nunca vi uma criança burra; vi criança que às vezes fazia coisas que eu não compreendia ou as fazia de um jeito que eu não previra; já vi criança que não conhecia os mesmos lugares em que estive, mas não era uma criança burra. Antes de chamá-la de burra, pensa: era uma criança burra ou apenas sabia coisas diferentes das que você sabia?

 

      Procurei tanto quanto pude, mas nunca vi um cozinheiro. Vi alguém que misturava ingredientes que depois comíamos; uma pessoa que acendia o fogo e cuidava do fogão que cozia a carne. Vi tudo isso, mas não um cozinheiro. Diz-me o que vês: vês um cozinheiro ou alguém fazendo coisas que chamamos de cozinhar?

 

     O que alguns chamam de preguiçoso outros chamam de cansado ou tranquilo; o que alguns chamam de burrice outros chamam de saber diferente. Então, cheguei à conclusão de que evitaremos toda confusão se não misturarmos o que vemos com o que é nossa opinião. Por isso mesmo, quero também dizer: sei que esta é apenas minha opinião.

                                                                                                       Ruth Bebermeyer

01.08.22

ESFORÇO


sempreemfrente

       Existem momentos em nossa vida que escutamos de pessoas, que nos querem bem, o quanto precisamos nos esforçar mais para conseguir alcançar nossa meta. Deixar de adiar aquilo que precisamos fazer, por insistir em esperar o momento perfeito para agir.

 

       Segundo um mestre zen,

“Os objetivos fazem surgir as ações. Uma flecha atirada em um alvo vago não chega a seu objetivo.”

 

       Saber o que realmente queremos é tão importante quanto o que não queremos mais para nossa vida. Ficar atento(a) aos nosso propósito é fundamental para a nossa sobrevivência. Ter os objetivos claros e definidos em mente poderá nos ajudar a não nos distrairmos e trilhar melhor o nosso caminho em direção à nossa meta.

 

       Por isso, desenvolver um foco ativo nos ajudará com uma atenção mais focada e frequentemente mais orientada a resultados que poderão inibir hábitos descuidados. Começar a administrar as emoções com o esforço ativo poderá nos impedir de desviar a nossa atenção.

 

“Não é a conversa das pessoas ao nosso redor que tem mais poder de nos distrair, mas a conversa da nossa própria mente.” Daniel Goleman.

 

       O que contará no final para a realização da nossa meta não é tanto o que fazemos, mas como procuramos realizar essa meta. Perceber como estamos no aqui e agora, pela concentração, o que fazemos para sermos interrompidos(as), e o que estas interrupções nos afetam. Desta forma, poderemos ajudar à integração verdadeira e nos dar a oportunidade de não somente entender o nosso processo, mas nos relacionar melhor conosco e com o mundo.

 

       Algumas perguntas poderão nos ajudar nessa relação e a nos conscientizar dos nossos recursos e nos levar ao reconhecimento da nossa própria responsabilidade, bem como de pedir para reunir nossas forças e meio de auto apoio: O que estou fazendo? O que sinto? O que quero? O que evito? O que espero?

 

       Contudo, ao percebermos que sozinhos(as) não conseguimos dar conta de tantas perguntas, descobertas e contatos, precisamos pedir ajuda para que os nossos esforços não sejam em vão.

 

       A(O) psicóloga(o) poderá nos ajudar nessa autodescoberta atuando como se fosse um espelho de aumento. Ela(e) facilitará o processo através de perguntas e técnicas baseadas em suas observações e dirigidas para trazer certos fatores, mas a descoberta precisará ser feita pelo(a) paciente. Quem deverá se esforçar para descascar a cebola é o(a)paciente.

 

       A meta da terapia é dar um instrumento com o qual a pessoa que busca ajuda possa resolver suas próprias dificuldades e trabalhar de forma efetiva com cada situação como ela se apresentar. A cada camada da cebola requer um instrumento. Durante o processo a pessoa perceberá que sua autossuficiência estará cada vez mais aumentada e se dará conta do que e como está fazendo para alcançar seus objetivos.

 

       Enfim, adiarmos a busca de ajuda poderá significar arriscar a passarmos a viver sempre a espera do que poderia ter sido em vez de viver a beleza da realização dos nossos sonhos, dos nossos objetivos.  O momento perfeito para nos esforçar a fazer determinada tarefa não existe. O que existe é o aqui e agora. Que tal deixarmos de construir uma vida repleta de frustrações e fracassos por nutrir a ilusão de que amanhã os problemas resolverão por si próprios? Vamos fazer um esforço, agarrar as oportunidades com o foco ativo, olhando para o hoje, certos de que o que plantarmos agora será o que iremos colher amanhã. Viver é a arte de realizar sonhos e, sem dúvida, viver é a melhor de todas as metas.