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Rosangela Perez / Instagram: @psicologarosangelaperez

Espaço destinado para provocar as mais variadas reflexões e inquietações sobre diversos temas do nosso cotidiano. Espero que contribua e o(a) estimule a transformar sua realidade. Meu site: www.psicologarosangelaperez.com.br

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17.03.22

EU ME IMPORTO COM VOCÊ


sempreemfrente

      Ao escutar de uma pessoa a frase que intitula o texto, fiquei pensativa. Será que estamos nos importando, verdadeiramente, com as pessoas que estão ao nosso entorno? Lembro que meus avós falavam que na época deles a palavra tinha um peso nas relações e nem precisava de contrato por escrito. De um tempo para cá parece que muita coisa mudou.

 

     Estamos no meio de uma possível terceira guerra mundial e, ainda, a pandemia COVID-19 não terminou. Quantas pessoas já morreram por causa dessa pandemia e quantas estão desesperadas na Ucrânia, largando tudo o que conquistou durante a invasão da Ucrânia pela Rússia por motivos, meramente, políticos. Quanta ganância!

 

    Quando entenderemos que somos membros uns dos outros? Não nascemos prontos e estamos em construção dia após dia. Contudo, isso não pode ser desculpa para ignorarmos o pedido de socorro das pessoas necessitadas.

 

     A impressão que tenho é que estamos dormindo e paralisados(as). Essa imobilidade social nos levará ao empobrecimento, enquanto não decidirmos mudar a situação que nos é passada como imutável.

 

      Tudo pode ser mudado. Disse Carl Rogers,

     “A vida é, na melhor das hipóteses, um processo fluido e mutante no qual nada é fixo.”

 

     O nosso futuro não precisa ser roubado por pessoas que estão intubando a desesperança nas novas gerações e crenças de que a rota já foi programada e não tem mais volta. Quem disse? Temos condições de mudar a nossa rota, sim. 

 

      Quando estamos insatisfeitos(as) podemos criar, desenvolver, dar novo significado às experiências, sair da acomodação e se movimentar em busca de construir uma vida melhor.

 

   Será que estamos satisfeitos(as) com o que estamos assistindo e escutando nos meios de comunicação? Precisamos estar atentos(as) as palavras de Guimarães Rosa: “o animal satisfeito dorme”. Talvez, estejamos contentes com as nossas escolhas e, por isso, dormimos diante de tanta barbárie em nome do poder e da cobiça, acreditando em pessoas hipócritas que têm a doçura nos lábios, mas que muda a sua linguagem e atitude sem se importar com ninguém.

 

     Enfim, se estamos adormecidos(as) espero que possamos em breve acordar e levantar para agir. Vale destacar a frase em Efésios: “Desperta, tu que dormes!”  A insatisfação nos move a todo instante. Entretanto, a rotina existencial poderá fazer com que o nosso entendimento fique obscurecido e nosso coração endureça ao ponto de nos acomodar e se acostumar com a triste realidade social e nos render a sedução do repouso, nada reparador, que poderá nos levar a violência, injustiça, ignorância, indiferença, intolerância, xenofobia e a vários preconceitos. Por conseguinte,  chegar ao ponto de respeitar e acreditar que quem nos oprime se importa conosco.

 

 

 

 

 

04.03.22

O QUE É SAÚDE MENTAL PARA A PSICOLOGIA? E COMO CUIDAR DELA?


sempreemfrente

Fonte: minutosaudavel.com.br

Muito se fala sobre a importância da saúde mental. Dicas para mantê-la, como relaxamento, exercícios e até alimentação fazem parte de muitas informações que circulam por aí.

Mas antes de tudo é importante entender o que de fato é a saúde mental para a psicologia!

Qual o conceito de saúde mental em psicologia?

Para a psicologia, uma pessoa que tem uma boa saúde mental é aquela capaz de lidar com as mudanças e desafios da vida, ao mesmo tempo em que sabe dos seus próprios limites e sabe procurar ajuda quando necessário.

Ter saúde mental não significa estar livre de um transtorno mental — às vezes, pessoas com diagnósticos de transtornos podem ter uma saúde mental melhor que pessoas que não têm nenhum diagnóstico.

Isso porque a saúde mental está relacionada à capacidade de tomar decisões em relação à própria vida (saber o que quer da vida, em linguagem popular), organizar-se internamente e organizar o ambiente ao redor.

Uma pessoa mentalmente saudável vivencia uma série de emoções no dia a dia, e nem todas são agradáveis, mas ela consegue lidar com essas emoções, expressando-as de maneira adequada que não causa prejuízos em sua vida.

Como a saúde mental afeta a qualidade de vida?

Tendo em vista que a definição de saúde mental envolve conseguir tomar decisões, lidar com as adversidades da vida e vivenciar e expressar suas emoções adequadamente, fica evidente que a saúde mental impacta significativamente a qualidade de vida.

Pessoas que têm uma saúde mental prejudicada acabam por ter dificuldades nas relações interpessoais, na vida amorosa, nos estudos, na carreira, enfim, em todas as esferas da vida.

Sem saúde mental, uma pessoa tem um desequilíbrio emocional que pode culminar em uma série de problemas como agressividade, negligência, conflitos interpessoais, entre outros.

Uma pessoa muito deprimida pode não conseguir sair da cama e consequentemente falhar nos estudos ou perder o emprego. Outros transtornos podem aumentar as chances de uma pessoa se envolver em comportamentos de risco, como é o caso do transtorno bipolar e de alguns transtornos de personalidade.

Como saúde mental não significa ausência de doença, pessoas com transtornos mentais que mantêm seu tratamento em dia frequentemente entram em remissão e podem ser consideradas pessoas mentalmente saudáveis.

Da mesma forma, pessoas que não têm nenhum diagnóstico também podem sofrer com uma saúde mental prejudicada, embora muitas vezes não satisfaçam os critérios para diagnóstico de algum transtorno mental ou estejam em processo de adoecimento.

O psicólogo é um promotor de saúde mental, ou seja, seu principal objetivo é assegurar que as pessoas sejam capazes de desenvolver condições nas quais seu emocional e cognitivo possam funcionar de modo a garantir a qualidade de vida.

Isso não significa que o psicólogo cuida apenas de pessoas com transtornos mentais. Como mencionado anteriormente, pessoas sem transtornos também podem apresentar desequilíbrios emocionais e cognitivos que podem ser resolvidos com a ajuda de um psicoterapeuta.

Quem está passando por grandes mudanças em suas vidas, como luto, término de relacionamento, desemprego, entre outras, pode se beneficiar de um atendimento psicoterapêutico também, mesmo sem nenhum diagnóstico.

Cada psicólogo tem um corpo teórico que possibilita que, dentro de sua abordagem, ele seja capaz de facilitar a consciência do indivíduo a respeito de seus próprios desequilíbrios, bem como auxiliar na regulação dos mesmos.

Uma terapia deve ajudar pacientes na organização, tomada de decisões e autorregulação de suas emoções.

Dicas: o que é bom para a saúde mental e emocional?

Existem diversas atividades que podem ser incluídas no dia a dia que podem auxiliar na saúde mental. Dentre elas:

Fazer exercícios físicos

As atividades físicas contribuem para a liberação de endorfinas que dão a sensação de bem-estar durante o dia. Além disso, os exercícios funcionam como ótimos reguladores emocionais quando se trata de emoções desagradáveis como a raiva ou a ansiedade.

Ter uma alimentação saudável

Uma alimentação equilibrada não apenas é boa para a saúde física, mas para a mental também. Grande parte dos neurotransmissores responsáveis pela regulação do humor são produzidos no intestino, que precisa de uma flora boa para produzir quantidades adequadas.

Dormir adequadamente

O sono também é um grande regulador do humor e, portanto, boas noites de sono são cruciais para manter a saúde mental. Recomenda-se que se durma em média 8 horas por noite.

Pessoas que dormem menos do que o necessário frequentemente têm seu humor afetado, ficando mais propensas a irritabilidade e mais mau humor em geral.

Manter conexões sociais

O ser humano é um ser social, então as conexões com as pessoas que amamos são muito importantes para a saúde mental. Aproveitar os momentos em família e reforçar as amizades são duas atividades que ajudam muito a se manter em equilíbrio.

Ter tempo para si

No dia a dia, frequentemente estamos tão atarefados que não reservamos tempos para nós mesmos. Isso é um erro e um grande facilitador para o surgimento de transtornos mentais.

Reservar um tempo no seu dia a dia para você. Ter um hobby, fazer alguma prazerosa e dedicar tempo de qualidade para si são boas opções.

Reconhecer os limites

Todos temos limitações. Não somos máquinas capazes de tudo e, portanto, vez ou outra, precisamos parar. Reconhecer os limites é de extrema importância para manter a saúde mental.

Isso porque, ao desrespeitar os limites, é como se fosse um carro sem freio que acaba fundindo o motor. Entender que existem momentos nos quais não podemos fazer determinadas coisas é crucial para manter a mente sã.

Procurar ajuda quando necessário

Por fim, se mesmo com tudo isso você sente que não está conseguindo lidar com tudo, procure ajuda. Ninguém precisa passar por maus bocados sozinho(a) e não é nenhum sinal de fraqueza admitir que às vezes é demais.

A ajuda especializada irá ajudar não apenas a lidar com a crise em si, mas também a lidar com os outros infortúnios que podem surgir, de modo a manter a mente e as emoções em equilíbrio mesmo diante das dificuldades da vida.


Ter saúde mental é uma construção diária, pois ela está relacionada com todas as atividades do dia a dia — mesmo aquelas mais comuns, como conversar ou descansar.

Lembre-se que equilíbrio não é sinônimo de inabalável. Uma pessoa mentalmente equilibrada sente alegria, tristeza, raiva, calma, medo, nojo e todas as outras emoções possíveis. O importante é saber lidar com essas emoções de maneira adequada, evitando que elas causem prejuízos.

Por isso, é essencial entender o que é a saúde mental e o que fazer para mantê-la.