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Rosangela Perez / Instagram: @psicologarosangelaperez

Espaço destinado para provocar as mais variadas reflexões e inquietações sobre diversos temas do nosso cotidiano. Espero que contribua e o(a) estimule a transformar sua realidade. Meu site: www.psicologarosangelaperez.com.br

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01.04.21

O SEMEADOR


sempreemfrente

 

    Segundo um ditado popular, quem planta colhe. Pois bem, será que a humanidade está colhendo o que há muito vem plantando? Estamos mais um ano em meio a pandemia do COVID-19 e parece que nada do que vivemos no ano passado adiantou, pelo menos para algumas pessoas.

 

   Tenho a impressão de que muitas vezes o negacionismo cisma em reinar em nossa sociedade, principalmente quando o interesse é meramente financeiro e político, para acumular de uma forma obsessiva e bastante consumista sem se importar com outrem.

 

    Vejamos os nossos transportes públicos. Quantas pessoas estão, diariamente, tendo os seus direitos violados. Pagam por um serviço imprestável. São obrigadas a entrar em um transporte lotado para trabalhar. Cadê o direito ao distanciamento? Outras nem se quer conseguem ter acesso a esses desastrosos transportes, porque são pessoas que necessitam de um olhar mais atento e cuidadoso do poder público. São as pessoas com necessidades especiais e nossos(as) idosos(as), que têm o mesmo direito daqueles que não apresentam essas necessidades.

 

    Alguns transportes, claramente, não têm nenhuma higienização. Será que a empresa tem interesse para tal? Talvez o grande interesse de algumas seja apenas aumentar o valor das passagens.

 

     Agora, em meio ao aumento da contaminação do vírus e da falta de leitos em hospitais para acolher e tratar de quem precisa, estamos assistindo alguns gestores realizar belos discursos sobre a importância da não aglomeração, do distanciamento e da higienização, como se estivessem a muito preocupados(as) com a população, principalmente, a mais vulnerável social e economicamente. Quanta hipocrisia!

 

    Será que precisamos lembrar para esses(as) gestores(as) ou mesmo sinalizar que temos uma Constituição Federal? No art. 196 “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”

 

    Tampouco, lembrá-los(as) de que existe a lei a 8.080/90? No art.3º “ A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País”.

 

     Não dá mais para permanecermos como se nada estivesse acontecendo, vendo e ouvindo somente o que nos interessa. Tudo o que escolhermos terá consequência. Uma hora a conta irá chegar para ser paga. Chega de negar o que é inegável. Somos cidadãos de direitos e deveres.  Precisamos, sim, fazer a nossa parte, mas o Estado também. As forças precisam ser conjuntas, independentemente de partido e ideologia política. Precisamos ter sinergia. Fazer a diferença nas atitudes se quisermos vencer o vírus COVID-19 e suas variantes.

 

     Semear boas ações, atitudes generosas, empatia, tolerância, cuidado com o outro, respeito mútuo, amor ao próximo, deveres cumpridos e direitos garantidos, passa a ser uma ação salvífica para a humanidade, porque quem sabe o que semeia não teme a colheita.