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Rosangela Perez / Instagram: @psicologarosangelaperez

Espaço destinado para provocar as mais variadas reflexões e inquietações sobre diversos temas do nosso cotidiano. Espero que contribua e o(a) estimule a transformar sua realidade. Meu site: www.psicologarosangelaperez.com.br

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04.11.19

O CONHECIMENTO DÁ PODER


sempreemfrente

    Tem algum tempo que ouço que o conhecimento dá poder. Será? Qual tipo de poder? Para quê? Não tenho a pretensão de dar respostas, mas provocar reflexões que nos levem ao encontro do saber, do conhecimento que poderá nos empoderar com ações libertadoras e transformadoras. Até porque “Não saber é ruim, não querer saber é pior” (Provérbio Nigeriano).

   Somos seres racionais e nos diferenciamos dos outros seres vivos por sermos considerados seres superiores: pensantes. De acordo com Judith Greene, “Talvez uma característica essencial do pensamento seja parecer que está sob o nosso próprio controle, no sentido de que somos capazes de evocar mentalmente o mundo – ou até um mundo imaginário- a nosso bel-prazer e ensaiar vários cursos de ação em nossas mentes sem nos empenharmos necessariamente em qualquer ação concreta.”

    Podemos nos perder sem nenhum conhecimento que possa nos levar à ação concreta e transformadora por termos rejeitado a instrução que nos enobrece por arrogância e falta de humildade. Por isso, precisamos estar vigilantes para que a capacidade que nos diferencia dos outros seres vivos não seja um obstáculo para o nosso crescimento, pois pensar faz bem, mas em exagero poderá nos levar ao desgaste mental, perda de tempo, a paralização e ao sofrimento.

   Quem já ouviu falar de pessoas sistemáticas e obsessivas? Existe uma gama delas que sofrem, às vezes, em silêncio por desconhecerem a causa ou os vários fatores que contribuíram para o surgimento do estado o qual se encontram. Pensamentos indesejáveis, desagradáveis e intrusos, repetidamente, são considerados obsessivos, principalmente, quando trazem sofrimento, desconforto e grande apreensão, causando muita ansiedade, alterações no comportamento e um sentimento de culpa por tê-los.

   Tampouco, existem pessoas que pensam muito, mas têm dificuldade de ir para a ação concreta por lidar com os acontecimentos diários em estado de ansiedade frequente. Elas demonstram ficar envoltos(as) ao medo e ansiedade sem limites. Reagem, frequentemente de forma exagerada, inicialmente como forma de proteção, às intemperes do cotidiano e aos ataques sofridos. Porém, por essa reação se estender acabam perdendo a qualidade de vida.

    Portanto, buscar conhecimento sobre os sintomas que nos levam ao enfraquecimento das nossas ações poderá nos investir de poder, pois sem ele poderemos nos perder. Uma vez que, estamos conseguindo não mais ignorar os nossos sintomas, poderemos ir, de acordo com o nosso ritmo, buscar ajuda com profissional da Psicologia que faz toda a diferença, para nos conhecer, entender e elaborar melhor o que aconteceu e ou está acontecendo conosco. O que nos leva a adotar certos comportamentos fora do nosso controle em resposta a reduzir uma grande ansiedade.

   Contudo, precisamos estar atentos(as) para não nos sentirmos na obrigação de saber tudo o que nos cerca, até porque isso seria impossível ou quase impossível, e, no final, poderíamos acabar nos distanciando cada vez mais daquilo que realmente nos ajuda a estar afinados(as) com a nossa condição existencial momentânea, seja através de um trabalho como fonte de realização, relacionamento que desperte o melhor de nós, lazer, atividades criativas, família, amigos(as), trocas de experiências...

   Enfim, se o conhecimento realmente nos concede poder, que possamos descobrir e escolher qual tipo de conhecimento tem essa autoridade para através dele conseguirmos, mesmo adoecidos(as) , ir ao encontro da nossa qualidade biopsicossocial como seres pensantes e diferentes que somos uns dos outros.