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Rosangela Perez / Instagram: @psicologarosangelaperez

Espaço destinado para provocar as mais variadas reflexões e inquietações sobre diversos temas do nosso cotidiano. Espero que contribua e o(a) estimule a transformar sua realidade. Meu site: www.psicologarosangelaperez.com.br

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02.12.18

OBEDIÊNCIA À JUSTIÇA


sempreemfrente

        Nos tempos atuais discorrer sobre obediência à justiça, seja particular ou social, parece ser um grande desafio , vide os escândalos nos diversos meios de comunicação: corrupção, atentado à igualdade humana, distorção entre o capital e trabalho e violência urbana.

       

          Segundo, Anacleto de Oliveira Faria :

           “Os romanos, em frase lapidar, definiram: justitia est constans et perpetua voluntas jus suum cuique tribuendi – justiça é a constante e perpétua vontade de dar o seu a cada um.”

     

       Contudo, para dar a outrem o que lhe é devido precisaremos entrar na seara do princípio da igualdade que é um dos valores básicos em um posicionamento ético e considerado por muitos estudiosos como um valor de dimensão universal.

    

       Destaco o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos- Organização das Nações Unidas: 

“Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”.

 

 Entretanto, percebo que a nossa sociedade vem, desde muito tempo, sendo incoerente tanto com o 1º artigo da Declaração Universal quanto com as suas leis, pois na prática assistimos diariamente diversas ações recheadas de iniquidades se perpetuarem diante dos nossos olhos, indo de encontro a tudo o que considera como virtude.

 

 Como estamos nos relacionando? Como está a nossa ética? Como lidamos com a imposição de uma cultura da marginalização e exclusão? Como agimos diante do feminicídio, da homofobia, exclusão econômica e social, tráfico humano , preconceito racial ou mesmo da cultura do silêncio frente às tantas injustiças? Não tenho a intenção de deixar uma ou mais respostas prontas para estas perguntas, mas ouso estimular e propor uma reflexão sobre elas.

 

  O filósofo Mário Sérgio Cortella escreveu em um dos seus livros: “ É necessário cuidar da ética para não anestesiarmos a nossa consciência e começarmos a achar que tudo é normal”.

 

 Ser servos de uma cultura que não valoriza a reflexão, mas a morte, o egoísmo, injustiça, iniquidade, desespero e corrupção poderá nos levar para paralisia, atraso, decadência e uma grande ruína, porque passamos a usar o poder para ser servidos, ao invés de servir, valorizando a maldade, as diversas formas de exclusão , a brutalidade e desarmonia.

 

      Assim, proponho que possamos refletir sobre o nosso comportamento, nossa convivência e as nossas escolhas diante de tanta desobediência à justiça, particular e social, pois o que escolhemos tem consequência e pode afetar toda a sociedade ao nosso redor. Fazemos parte de um grupo social que de nada adiantará sermos racionais, senão pensarmos sobre as gritantes injustiças, os desrespeitos dos nossos semelhantes, que muitas das vezes assistimos, provocamos ou mesmo sofremos sem fazermos nenhum movimento para mudar. Finalizo , então,

“ Quando morreres, só levarás aquilo que tiveres dado.”

(Saadi, O Jardim das rosas).

                                               

                                                                       (Fonte da imagem: sapo.pt)                                             

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