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Rosangela Perez / Instagram: @psicologarosangelaperez

Espaço destinado para provocar as mais variadas reflexões e inquietações sobre diversos temas do nosso cotidiano. Espero que contribua e o(a) estimule a transformar sua realidade. Meu site: www.psicologarosangelaperez.com.br

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02.10.17

TRANSBORDAR NA FÉ, NÃO BASTA


sempreemfrente

  Penso que estamos vivendo dias difíceis diante de tantas pressões vindas de diversos lugares. Ao depararmos com as notícias, dificilmente lemos alguma matéria que contribua com o aumento da nossa esperança. São múltiplas informações carregadas de tragédias, envoltas em traições, corrupções, assassinatos, desmontes de políticas públicas...e por aí vai. Andar com fé chega a ser um grande desafio para a humanidade no século vigente, mas precisamos desenvolver mais atitudes.

 

   Desde muito a sociedade demonstra estar enferma diante das necessidades alheias. Existe um abismo entre aquelas pessoas que de um lado usufruem de direitos humanitários e do outro lado aquelas que diante dos nossos olhos morrem sedentas e famintas por um mínimo de atenção, cuidado, respeito e dignidade humana, que nada mais é um direito de todos (as) nós.

 

     Andar com fé nessa conjuntura atual, faz-se necessário para a nossa resistência e sobrevivência. Contudo, não basta. Precisamos acrescentar a caridade que nada mais é do que o amor que move a vontade à busca do bem comum de outrem, sem assistencialismo.

 

   Poucas são aquelas pessoas que conseguem se destacar da multidão, fazer o movimento de dentro para fora, voltar-se para as necessidades de outrem e desenvolver uma atitude diferente. Começar com uma simples ação, mas grandiosa ao abrir os seus olhos e ouvidos, ao enxergar e escutar o grito de socorro, através de um olhar sofrido ou mesmo de uma voz embargada e tímida, clamando por ajuda, para sair do buraco da miséria, que a sociedade construiu e colabora para que cada vez mais continue a existir.

 

   Pertencemos a uma única raça, a humana. Por isso, deveríamos reavaliar as ideias e valores recheados de preconceitos que, durante o processo da nossa vida, sãos passados e introjetados por nós como sendo únicos e verdadeiros. Expurgar esses valores que fazem com que tenhamos atitudes separatistas, segregadoras e xenofóbicas torna-se imprescindível para a saúde e sobrevivência da humanidade.

 

   Também, procurar desenvolver os nossos cinco sentidos em prol de todo ser. Ao olhar, enxergar a pessoa e não a aparência. Ao ouvir, escutar de forma empática os seus ruídos. Ao tocar, sentir as feridas para ajudar a cicatrizá-las. Ao aproximar o olfato, sentir o cheiro da necessidade. Ao falar, expressar palavras que contribuam com o fortalecimento da subjetividade, desenvolvimento do potencial, das habilidades e crescimento de toda criatura. 

 

   Enfim, independente de crer ou não em Deus, praticar alguma religião, seita ou não, a fé pode até remover montanhas, mas se não estiver aliada a um propósito, será estéril e em vão essa remoção.   “Assim como o corpo sem alma é morto, a fé sem obras é morta. ” (Tiago2,26). Por isso, transbordar na fé, não basta.

 

 

                                                                (Fonte da imagem: google)

 

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