OS(AS)INCOMODADOS(AS)QUE SE MUDEM
sempreemfrente
Ter como verdade o que pensamos ser possível acontecer, poderá provocar e determinar uma grande mudança em nossa vida. Contudo, acreditar somente, possivelmente, não nos levará a resultados eficientes e duradouros, pois para a mudança acontecer exige-se mais do que isso. Proponho neste texto cinco passos a serem desenvolvidos a partir das nossas crenças. Desejo que sejam inspiradores e nos desafiem rumo à mudança esperada.
Primeiro precisamos vivenciar o incômodo para depois querer e decidir realizar movimentos internos e externos, para que as coisas que não estão mais nos agradando ou mesmo nos servindo como ponte para nossos objetivos mudem. Como já disse Henry David Thoreau (apud Poder Sem Limites, 2017, pág.36) “As coisas não mudam: nós mudamos. ” Quem está incomodado (a) é quem precisa mudar.
Segundo, procurar desenvolver a coragem para mudar e ir em frente, que em certos momentos em nossa vida torna-se uma questão de sobrevivência. O tema desse texto diz muito sobre isso. Quando não estamos mais contentes ou satisfeitos com nossas escolhas, com o rumo que as coisas estão tomando, precisamos, independentemente da idade cronológica, ter a coragem para investigar, mergulhar dentro de nós, das nossas crenças e valores, para descobrir o que precisamos fazer com o que nos causa desconforto, respeitando o nosso momento e disponibilidade interna.
Terceiro e não menos importante, estarmos abertos a aprender a dar novos significados às experiências vividas, mudar a maneira como sempre percebemos, enxergamos, interpretamos e conceituamos as coisas que ocorrem em nosso entorno. Às vezes complicamos as nossas relações, por estarmos agarrados a antigos conceitos e crenças, embarreirando a chegada do novo.
O quarto passo refiro-me à perseverança e foco. Contudo, essa constância nas ações e o ponto fixo em nosso objetivo, diz respeito a permanecer em busca do desenvolvimento da nossa habilidade e expertise, com o foco naquilo que nos propomos a fazer para obtermos resultados que produzam efeitos desejados. Não desistir se por acaso nos depararmos com pessoas impregnadas de críticas, rótulos e preconceitos com o simples propósito, inconsciente ou não, de interromper o nosso caminho em direção a nossa transformação. Tampouco, não renunciar os hábitos que facilitam e nos levam a distração, desfocando-nos do alvo a ser atingido, da nossa meta.
O quinto é executar. Essa execução demanda movimento para atingir um fim. Quando lemos a seguinte frase: “ Por mais longa que seja a noite, o sol volta sempre a brilhar. ” Recebemos como mensagem que nada é permanente e que o que estamos passando de ruim será passageiro. Entretanto, acreditar meramente que tudo será passageiro sem que precisemos fazer a nossa parte é pura fantasia e ilusão. Para evitar que um prédio seja desabado precisamos usar toda a tecnologia necessária para preservar o prédio. Assim, também, devemos agir com o que acontece em nossas vidas. Para transformar resultados ruins em bons resultados precisaremos lançar mão de algumas habilidades, competências, hábitos transformadores, colocar nossa mente para produzir, otimizar o nosso tempo e buscar estímulos que satisfaçam nossa necessidade para nos mantermos motivados.
Todavia, muitas das vezes, temos a tendência de querer que a outra pessoa mude, porque estamos aborrecidos ou desconfortados com os resultados das nossas escolhas. Imputamos para outrem as nossas responsabilidades, projetando o que é nosso em outra pessoa. Quanta imaturidade e perda de tempo! Se continuarmos a acreditar que quem precisa mudar é a outra pessoa poderemos estar nos sabotando, impedindo de alcançar o nosso sucesso pessoal e ou profissional. Por isso, desejo que possamos saber usar as nossas crenças como uma das alavancas para conseguirmos a mudança que almejamos, tendo como convicção íntima: os (as) incomodados (as) que se mudem.