TOLERÂNCIA
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No cenário atual, existem vários temas que permeiam as rodas sociais e um em especial está tendo destaque: o aumento da falta da tolerância que prejudica as relações humanas. Esse desrespeito ao direito das pessoas agirem, pensarem ou sentirem de modo diferente aos dos outros chega ser uma violência e um crime para com a liberdade de ser de cada um.
Querer que todos tenham o mesmo pensamento e anulem os seus valores individuais é fascismo e ignorância, porque somos únicos, mesmo aqueles que nasceram em um mesmo grupo familiar pensam diferente por terem personalidade diferente.Ninguém é igual a ninguém e isso é fato.
Quando nascemos aprendemos os valores, cultura, moral, comportamento e normas do grupo o qual estamos inseridos e depois nos enriquecemos através da socialização. Participar de um grupo maior é um grande desafio, pois precisamos a todo instante estar dispostos a conviver, relacionar-se com as mais diversificadas ideias expressas sobre um determinado tipo de comportamento sem que precisemos anular as nossas.
Considerar o ‘mundo’ de uma pessoa é uma grande virtude, é admitir a existência e reconhecer o valor do outro. No entanto, algumas pessoas estão querendo impor os seus pensamentos, desrespeitando a singularidade alheia com sua intolerância, ao ferir, prejudicar, ofender e destruir relações afetivas.
Viver, nunca foi fácil, principalmente, conviver com a diferença. Contudo, nunca um slogan da campanha do Instituto Meta Social criado para uma organização não governamental sobre os portadores da Síndrome de Down caiu tão bem neste momento: ‘Ser diferente é normal’.
É normal em uma sociedade ter diferentes raças, credos, orientações sexuais, identidades de gênero, classes sociais, aparências, idades, profissões, tamanhos, pesos, ideologias... Enfim, a sociedade é constituída pelas diferenças e é isso que proporciona o enriquecimento dela. Fazer uma guerra ou não saber administrar os conflitos existentes diante das divergências somente demonstra a falta de maturidade de algumas pessoas e a incompetência para lidar com as relações interpessoais e humanas.
Quando conseguimos enxergar os choques de ideias como uma grande oportunidade de crescimento e desenvolvimento, melhoramos como pessoa, porque passamos a tolerar com respeito às opiniões contrárias e buscamos uma relação com mais qualidade de vida, fazendo uso, também, do debate, diálogo, da escuta, comunicação, empatia e feedback.
Permitir que o outro seja ele mesmo é um dos sinais reveladores que valorizamos a liberdade de ser quem somos, fiéis aos nossos valores, estimando a nossa história sem medo do encontro com o diferente, da comunhão, que é a unidade na diferença.
Por isso, tolerar, procurar a aceitar o outro, na sociedade atual se faz cada vez mais imprescindível, se quisermos desenvolver plenamente, sem a ‘doença’ da depreciação, que reduz a realidade, e é um dos indicadores que mede o quanto engessamos e devastamos as relações, de uma forma velada ou escancarada, e que acaba contribuindo, grosseiramente, com o aumento da pobreza nas relações humanas.
(Fonte de imagem: http://edukavita.blogspot.com.br)