DESCONSTRUÇÃO E CONSTRUÇÃO
sempreemfrente
Quando pensamos em construir algo nem sempre imaginamos que desconstruir, também, será preciso. Desconstruir o que havíamos construído e que não nos pertence mais ou arrancar o que foi plantado porque o que cresceu não foi produtivo. Essas ações serão necessárias se quisermos desenvolver e progredir de uma forma edificante.
Soltar ou desapegar muitas das vezes nos causa angústia ou algum sofrimento, pois desejamos sempre mais e mais e, raramente, aprendemos que desprender-se é muito libertador e para iniciar um recomeço, dar início a construção de uma história, isso, muitas das vezes, é imprescindível.
Quando estamos apegados a um objeto demonstramos muita rigidez na identificação do mesmo ou um modo de ser. Toda vez que percebemos estarmos sendo ameaçados com uma possível perda desse objeto sentimos medo e insegurança, acreditando que perderemos, também, todo o sentido de nossas vidas. O foco fica restrito e não enxergamos novas possibilidades para estruturar a nossa existência, pois cremos ao perder ou largar esse objeto que ficamos mais empobrecidos.
Entretanto, começamos a empobrecer quando não somos mais flexíveis e nem muito menos desatamos aquilo que nos unia ao ponto de nos sufocar e impedir de voarmos mais alto.
Abrir e alargar novos horizontes e deixar para trás aquela construção que já apresenta enormes rachaduras para dar lugar a uma nova organização, uma nova transformação é vital para o nosso crescimento.
Como também, identificar a nossa necessidade para que possamos ir à busca do objetivo ou estímulo que satisfará essa necessidade e, como consequência desse empenho, iremos nos sentir motivados durante essa arte de construir. Caso contrário, estaremos desperdiçando uma energia que lá na frente poderá nos fazer uma grande falta.
Contudo, precisaremos, antes de qualquer coisa, querer desconstruir para construir algo novo e positivo em nossa vida para depois, arregaçar as mangas e traçar um plano com base nas coisas que acreditamos e valorizamos para constarem nessa nova forma de viver.
Desconstruir o nosso modo de viver, de pensar e agir, não é simples, mas para que o novo possa surgir o velho precisará dar lugar, porque a vida clama por mais espaço, por assumir uma nova dimensão e não deseja ficar limitada. Chega a determinado momento, que a antiga estrutura começa a apresentar o desgaste natural, as mais intrincadas dificuldades, algumas tormentas, algumas quedas e distorções que nada mais são sinais de que precisamos: reformar, reparar, renovar e rever a forma dessa construção.
Assim, se preciso for, mãos a obra na nossa DESCONSTRUÇÃO E CONSTRUÇÃO interna para tornar o nosso ambiente mais receptivo, agradável e com qualidade de vida. Que possamos colocar a baixo tudo o que está desgastado, precisando ser trocado, mudado e consertado. Se percebermos que a reforma precisa ser mais radical, procuremos ajuda para aprender a reeditar o nosso passado, proteger as nossas emoções e administrar os nossos pensamentos, procurando, sempre, se equipar de bons materiais para que a estrutura da nossa construção possa se manter firme diante das tormentas do dia a dia.
Feliz 2016 para todos nós!!!!!
(Fonte da imagem: http://filosofiaemalbergaria.blogspot.com.br)