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Rosangela Perez / Instagram: @psicologarosangelaperez

Espaço destinado para provocar as mais variadas reflexões e inquietações sobre diversos temas do nosso cotidiano. Espero que contribua e o(a) estimule a transformar sua realidade. Meu site: www.psicologarosangelaperez.com.br

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29.09.14

O OPRESSOR


sempreemfrente

       Nestes dias que se aproximam da eleição para a escolha dos nossos governantes, peguei-me refletindo sobre a crucial importância e o papel do gestor dentro de um grupo.

    

       Na história da humanidade, nos deparamos com pessoas que foram chamadas a serem libertadoras de um povo ou mesmo opressoras.

    

       Umas praticaram a justiça desde o amanhecer, outras com as suas mãos sufocaram o povo.

    

      Questiono: como pode alguém aceitar ser oprimido por quem quer que seja e permitir sufocar seus sonhos, desejos, aspirações e entregar o poder da sua vida para outrem?

    

      Se existe alguém que pisa é por que existe alguém que permite ser pisado.

   

      Quantas pessoas por inocência, ignorância, baixa autoestima  ou por puro  interesse, entregam a decisão da escolha de questões importantíssimas, que irão definir o rumo da sua vida, para alguém ou um grupo sem a mínima coerência com seus  valores.

    

     Esses indivíduos não conseguem enxergar ou valorizar a sua escolha, acreditam, muitas das vezes, que nasceram para aceitar o que cai do céu, sem o mínimo de questionamento. Uns preferem deixar como está a correr o risco de mudar.

   

     Incorporam os diversos discursos manipuladores e opressivos como sendo a única verdade e forma de sobrevivência, aceitam as migalhas que recebem, não agem contra a falta de dignidade, ficam paralisadas diante da violência e pior: agradecem as migalhas e acreditam que tudo isso é normal.

   

     Pessoas assim demonstram ter medo de realizar qualquer mudança, estão inseguras, temem a derrota e não focam na vitória. Não olham para dentro de si mesmas para resgatar e descobrir a força interna que possui. Ao invés disso, reclamam, murmuram, vivem se iludindo, procrastinam a ação ao invés de decidir, tomar posse dos seus direitos e buscar realizar os seus sonhos.   

  

     É bem verdade, que tem gente que prefere deitar no berço esplêndido do comodismo do que se mexer, como também, existem aquelas pessoas que no seu íntimo anseiam por melhores dias, mas não conseguem realizar algum movimento, por estarem sem força.

   

     Todo opressor ama trabalhar com o medo, ele gosta de espalhar a cultura da desesperança, incute nas pessoas que pode protegê-las de toda malícia, mas ele é o próprio mal.

  

    Um tirano precisa de pessoas inseguras, humilhadas, comprimidas, escravizadas, medrosas, tensas e aflitas que não conhecem o seu potencial, para manipular, fazer o que deseja sem levar em consideração o anseio, a necessidade do outro.

  

     O opressor é malicioso, desonesto, viola a equidade e a justiça, é egoísta, extremamente vaidoso, procura satisfazer a sua cobiça, derrama o sangue do inocente, usa de violência, planta confusão, mentira, vergonha e medo.

 

    Contudo, esse tirano apresenta mais dificuldade em agir diante daqueles que mergulham dentro de si, buscam o autoconhecimento, acreditam que nasceram para ser livres, enfrentam os seus medos, procuram trocar as reclamações por realizações, não tem medo de vencer e acreditam em seu potencial.

 

     Por isso, espero que cada povo possa escolher o seu gestor, quem irá o gerenciar ou representar, não que o mereça, mas que lhe transmita através de atitudes, alguns valores que irão contribuir para o seu crescimento e desenvolvimento: segurança, esperança, confiança, paz, honestidade, justiça, dignidade, sabedoria, coragem, liberdade, direito e equidade. Ao ponto dos que estiverem, sem nenhuma perspectiva futura, possam retornar e viver à pátria amada e idolatrada sem medo de serem oprimidos.

    

                                                                  (Fonte da imagem:http://abordagemsociocultural.blogspot.com.br)