Penso que ser líder não deve ser fácil, porque precisa, quase que a todo instante, ter firmeza nas tomadas das suas decisões. ‘Pestanejar’, não deve ser um verbo que possa ser usado, no momento da escolha, pois isso poderá comprometer todo um trabalho e levar os seus liderados a se direcionarem para o buraco.

           Um líder amadurecido consegue fincar as suas atitudes em terra firme.

          “Um encaixamento de madeira adaptado aos alicerces de um edifício não se desconjunta. Assim, é o coração firmado por uma decisão amadurecida”. (Eclo.22,19-23)

           No entanto, nem todas as pessoas têm a paciência e, muito menos, a prudência de esperar o tempo certo das coisas poderem ser colhidas, estarem plenamente desenvolvidas, maduras.

          Muitas querem logo, em qualquer tempo, realizar as tarefas ou fazer escolhas sem o mínimo de sensatez. Depois, reclamam ou murmuram sobre a falta de resistência diante das dificuldades, das tribulações. Constroem suas casas sem fortalecer a estrutura.

          “Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa: ela caiu e grande foi a sua ruína”.(Mt. 07,27).

          Os problemas acontecem, diariamente. Cito uma frase: se existe problema é por que existe solução. Por conseguinte, precisaremos estar com os nossos sentidos voltados para a solução, ao invés do problema. Procurar manter os nossos olhos firmes no alvo, sem perder o sentido das coisas para que não tenhamos atitudes tolas, ingênuas ou mesmo sejamos uma pessoa governada pela nossa vaidade e arrogância.

          Um líder que se ‘acha’ o ‘cara’, provavelmente, poderá encaminhar toda a sua tropa para a lama, porque acredita estar em uma posição mais elevada do que a dos outros e acaba esquecendo que precisamos uns dos outros. Destaco uma máxima: a união faz a força.

          Estimular toda uma equipe ou mesmo a pessoa que tem um projeto comum conosco se faz fundamental para que juntos possamos passar pelas várias intempéries da vida sem muito sofrimento.

         Durante a tempestade, precisamos confiar em quem nos sustenta, anima, empurra para frente ou mesmo nos salva de algo, que sozinhos não conseguimos enxergar.

        Ter alguém a nossa frente, nos guiando com pulso forte, com firmeza e segurança, isso costuma nos dar mais vigor, revigora as nossas forças de dentro para fora e nos dá mais disposição e coragem.

        Quando nos sentimos desamparados, não confiamos em quem está nos liderando, pois o medo fala mais alto, ficamos inseguros, às vezes desesperados, realizando escolhas sem o mínimo de reflexão.

        Diante disso, ter fé em alguém ou em algo que acreditamos serve de fundamento para enfrentar as batalhas diárias da nossa vida com mais serenidade, ponderação e discernimento.

        Entretanto, essa fé precisa ser firme para que possamos crescer e amadurecer à medida que os infortúnios forem surgindo.

        Assim, espero que possamos saber onde deixar as nossas raízes, em local mais firme ou frágil, mas que não nos derrube a um simples sopro. Que este artigo sirva de estímulo, seja um convite para refletirmos sobre as nossas companhias, lideranças, comportamento e escolhas que realizamos, diante dos fatos ocorridos em nossa existência. Já que, toda escolha tem conseqüência, anseio que sejamos conduzidos, guiados e liderados por alguém ou algo que nos aponte e leve ao progresso mais sólido.

                                                                       (Fonte da imagem: www.google.com.br)