PRISÃO
sempreemfrente
(Fonte da imagem: http://www.ilheus24h.com.br)
Na semana passada, algumas pessoas foram notificadas que seriam privadas da sua liberdade por terem cometido práticas proibidas e se tornado uma desonra para a nossa nação.
Será que alguém pode perder o que se possui?
Quando sofremos a perda de um grande amor ou algum dinheiro investido temos a tendência a nos sentir um pouco sem rumo, desorientados, principalmente, se nos identificamos com o que foi perdido.
Entretanto, não deixamos de ter a capacidade de amar, novamente, ou mesmo voltar a ganhar dinheiro.Contudo, algumas pessoas não percebem isso por estarem, extremamente, apegadas ao que tinha, ao invés de voltar-se para o que tem.
Provavelmente, se continuarem com este jeito irão ser devoradas pela sua própria angústia e sentimento de posse, que as impedirão de enxergar algo muito maior que encontra-se em seu interior: o seu SER.
No entanto, se conseguirem permitir dar um mergulho dentro de si será uma grande dádiva, que poderá trazer alguma confusão, no início, mas que durante este mergulho muitas coisas poderão ser esclarecidas e iluminadas a tal ponto de não mais sentirem-se perdidas, sem identidade por terem escolhido uma nova maneira de relacionar-se consigo e com o mundo.
Para isso, precisarão querer mudar, largar os ídolos que só as deixavam presas, sufocadas e restritas a mesma visão do universo para serem mais livres, simples e honestas com seus valores e sua maneira de ser, isentas de qualquer confusão ou recinto fechado.
Fazer a escolha de dar esse mergulho em nosso interior requer muita coragem e sinceridade.Nem todo mundo está preparado para dedicar-se, entregar-se, totalmente, nas descobertas que virão e que estão integradas as pessoas da nossa história, do nosso universo.
Ser o próprio protagonista da nossa história, da nossa vida, conhecer o nosso movimento, sentir o que se passa em nosso interior, dar novos rumos e significados para a nossa experiência e deixar de ser escravo, prisioneiro do nosso passado, é algo transformador.
Ser quem somos é muito bom.Não deixar que o nosso passado ou mesmo o nosso presente nos condene, é melhor ainda.
Assim, espero que possamos refletir sobre as nossas escolhas, decidir comprometer-se com os nossos projetos de vida, perseverar em nossos sonhos, mesmo que precisemos alterar algo durante o percurso da nossa caminhada, pois segundo Aristóteles, “Somos o que repetidamente fazemos.A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito.”
Finalmente, desejo que possamos superar as nossas barreiras, melhorar os nossos hábitos e escolher a pessoa que queremos SER: livres de qualquer prisão.