CORRUPÇÃO
sempreemfrente
Após a decisão do Supremo sobre os embargos infringentes, passei a pensar sobre o que nos corrompe dia a dia: dinheiro, afeto, valores desbussolados,moda...são tantas coisas que chego a pensar que possa ser impossível listar tudo o que pode nos decompor como pessoa.
Muitas pessoas estão enraivecidas com a atitude do ministro Celso de Mello, após não ter dado ouvido aos clamores da população , a vontade popular, expressão da maioria vencedora do processo democrático, pois é ela quem atua e escolhe um ministro do STF.
Sabemos que as leis são feitas por homens que representam a sociedade.Elas regulam a atividade humana, fixam regra de conduta : “Entretanto, as normas jurídicas diferem das demais leis sociais pela ‘atributividade’, ou seja, pela faculdade que lhe é intríseca de atribuir a qualquer pessoa lesada com o descumprimento da norma, o poder de exigir do poder público que obrigue o transgressor a cumpri-la ou a reparar os danos causados pela violação.”(Anacleto Faria).
Ora...ora, como fica então a questão da impunidade?
Será que fechar os olhos para aqueles que transgrediram as normas não é ser cúmplice com as atitudes deles?
O contato humano, as relações, exige responsabilidade social e esta é ética, não devendo estar apoiada em desculpas e chances para rever o que não se pode mais ser mudado. Usar de explicações para o que é inexplicável, apenas afasta o comprometimento e nosso crescimento.
Perceber que erramos é digno de aplauso, bem como pedir perdão.Porém, isso não apaga o passado e as consequências.Não dá para nos desdizer, isso é a regra do jogo da vida.
Portanto, até quando nós seremos compassivos com a impunidade de algumas pessoas?
A lei é feita para ser seguida e respeitada sem nenhum privilégio adicional porque uma nação é construída por instituições justas.
Por isso, é iminente mudar a paisagem que está diante dos nossos olhos: Corrupção e a certeza da impunidade para algumas pessoas.Tampouco é premente provocar uma transformação que implica uma mudança ética com tomadas de decisões indispensáveis.
Mudanças não somente de cima para baixo ,mas em todas as direções.Por exemplo: chegar pontualmente aos compromissos, entregar o que prometeu, deixar de usar a frase- o Brasil é o país do ‘jeitinho’, lesar o poder público ou tratar mal as pessoas subalternas.
Assim, espero que possamos estar atentos em tudo aquilo que nos estraga , nos afasta das nossas responsabilidades no mundo, das nossas escolhas e invenções que contribuem para que escapemos das consequências, nos faz mal, nos acomoda em desculpas e que só nos desviam do nosso desenvolvimento como pessoa e sociedade.
(Fonte da imagem: http://pitacosgenericos.blogspot.com.br)