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Rosangela Perez / Instagram: @psicologarosangelaperez

Espaço destinado para provocar as mais variadas reflexões e inquietações sobre diversos temas do nosso cotidiano. Espero que contribua e o(a) estimule a transformar sua realidade. Meu site: www.psicologarosangelaperez.com.br

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Espaço destinado para provocar as mais variadas reflexões e inquietações sobre diversos temas do nosso cotidiano. Espero que contribua e o(a) estimule a transformar sua realidade. Meu site: www.psicologarosangelaperez.com.br

28.06.12

QUEM ESPERA SEMPRE ALCANÇA


sempreemfrente

        Nestes dias, tenho pensado sobre algumas dificuldades diárias que todos nós passamos e que nos fortalece, principalmente, quando se trata de ter que esperar por algo ou por alguém. Ai!Quanto sofrimento! Acredito que o ato de saber esperar o que necessitamos seja uma dádiva.

      

       Quem já não vivenciou a angústia da espera de: ter dinheiro para comprar o tão sonhado objeto de consumo, ter condições para construir uma família, ter tempo para brincar com o (a) filho (a), poder relaxar, conseguir uma vaga em concurso público, ser chamado para trabalhar, receber o pedido de namoro, a alta hospitalar... Ufa!Lidar com tanta expectativa não me parece fácil.

      

       Sentar, olhar para o teto, cruzar os braços ou mudar de assunto será que irá contribuir para evitar a esperança fundada, muitas das vezes, em probabilidades ou promessas?Acredito que não, pois só irá, provavelmente, aumentar a ansiedade.

     

       Mas, o que fazer?

     

       Bem, se nós temos que esperar, então, que ela seja baseada em esperança e não em expectativa porque a primeira nos faz ir adiante, confiantes em dias melhores, enquanto que a segunda nos trás, na maioria das vezes, ansiedade e frustração por não acontecer do nosso jeito aquilo que tanto necessitamos.

     

       Ah!Esperança.

     

       Hum?Mas em quem depositar a esperança?

     

       Bem, às vezes, costumamos depositar a esperança: no trabalho, dinheiro, status, reconhecimento, ‘glamour’, na família, nos amigos... No entanto, quando nos deparamos com a falta, falha e imperfeição do outro , ficamos com a impressão de que o chão desmoronou, ficamos inseguros, medrosos, enfraquecidos porque depositamos toda a nossa esperança em pessoas ou coisas que são imperfeitas e, aí, abrimos sem perceber, a porta não da esperança e, sim, da desesperança.

    

       Quanta aflição!

     

      Segundo o cantor Ivan Lins, “Desesperar jamais aprendemos muito nesses anos. Afinal de contas não tem cabimento entregar o jogo no primeiro tempo”. Ouso incluir nem no segundo tempo devemos entregar o jogo.Assim, creio que devemos lutar pelas nossas necessidades sem muito sofrimento e desespero, porém para isto precisamos aprender a controlar nossos impulsos, ter calma, esperança e fé, no melhor que, ainda, está por vir, acreditar que quem espera sempre alcança, mesmo diante do incômodo da espera desagradável, porque "encontrar a força interior é olhar além do visível e focalizar a busca da vida no invisível”.(autor desconhecido).

    

                                    

                                                                                                                                                          ( Fonte da imagem: http://suamente.com.br)     

                                                                                                                                                    

14.06.12

FIDELIDADE


sempreemfrente

 

           Desde os tempos remotos existe um tema que perpassa com frequência na roda das conversas entre as pessoas: a qualidade de ser fiel.Essa qualidade, muitas das vezes, é analisada sobre um único aspecto: ser fiel a pessoa amada.No entanto, focar somente esse aspecto empobrece o tema por que ser fiel é muito mais do que isso, é ser leal com nossos valores, objetivos, crenças, sentimentos e escolhas. E aí, é fácil ser fiel?

      

          Ao escrever sobre fidelidade veio,naturalmente,em minha mente a necessidade e dificuldade de realizarmos escolhas, em nosso dia a dia,e assumi-las.Quanta ansiedade é evocada só em pensar nesse assunto! Escolher não é fácil para ninguém por que quando escolhemos um item excluímos o outro, mesmo que por algum momento.Será que é possível ter tudo sem precisar renunciar?

     

         Creio que, em alguma hora, iremos precisar assumir nossas escolhas, encarar as nossas dificuldades diante de tanta alternativa, encher o peito de ar, tomar coragem, buscar ajuda, se necessário, para decidir qual a melhor no meio de tantas, pois como disse um autor desconhecido: “as alternativas são excludentes”.Lidar com a exclusão nem sempre é fácil por que nos leva a confrontar nosso limite, possibilidade e o território do finito.

       

        Ok! Abster-se das várias alternativas e,somente, poder escolher uma alternativa causa ansiedade, medo de errar, às vezes pânico.Entretanto, se queremos ir adiante, precisamos aprender a abrir mão, renunciar, abdicar da ilusão de que ser livre é não precisar fazer escolhas, se responsabilizar por elas e ter tudo , em todos os momentos da vida.

      

        Segundo Roberto Carlos: “É preciso saber viver... se o bem e mal existem. Você pode escolher...”

     

        Entendo que podemos e devemos saber escolher para viver sem precisar fugir das decisões, adiar ou empurrar a responsabilidade para os outros.Agarrar a rédea da nossa vida, ser fiel ao que acreditamos e confiamos, apesar de estarmos cientes de que ao fazer parte da sociedade influenciamos e somos influenciados por ela 99% e, porquanto, podemos sofrer retaliações e preconceitos por assumir o nosso 1% da responsabilidade sobre as nossas escolhas.

      

         Assim, ser fiel não é fácil por demandar comprometimento com nossos valores e com a nossa maneira de viver e agir, mas creio ser necessário para que possamos estar livres dos obstáculos que nos impedem de caminhar, dar passos seguros, firmes, fortes, de sermos verdadeiros, autênticos, leais, coerentes e transparentes sem medo de mostrar a nossa essência, o nosso brilho, a nossa fidelidade que tanto nos deixa em paz.

 

     

 

 
07.06.12

MISERICÓRDIA


sempreemfrente

         A cada dia tenho a impressão de que a maioria das pessoas, senão todas têm a certeza de que ninguém é perfeito, mas quando se dá a relação, parece que essa certeza cai por terra: queremos ou temos a expectativa de nos relacionar com uma pessoa que nos entenda, compreenda, acolha, integralmente, perdoe e que nunca falhe conosco. Será possível?

        

        Existe alguém perfeito ao ponto de sempre corresponder as nossas expectativas e nunca errar?

        

        Comungo com o pensamento do psiquiatra Roberto Shinyashiki,o qual diz que, muitas das vezes, criamos ideias falsas que distorcem a realidade, mesmo inconsciente, para no final atrairmos para nós decepção, rancor, mágoa e isolamento.Às vezes parece que é melhor criar uma fantasia, uma história com vários personagens perfeitos do que permitir-se embarcar em uma relação real, na qual ambos acertam, em alguns momentos, e erram, em outros, porque somos humanos.Entendo que temos expectativas, mas alimentá-las com ideias falsificadas...Misericórdia!

      

       Contudo, quem já não sonhou com o homem perfeito ou a mulher perfeita para a nossa vida ou olhou para a família do amigo ou do vizinho, tendo a ilusão de que a deles é irretocável, um primor,excelente e que atingiu o mais alto grau numa escala de valores?     

      

      Existe uma pessoa ou família perfeita? 

      

      Quem nunca errou atire a primeira pedra.

      

      Ah!“Se um dia pudesse ver meu passado inteiro e fizesse parar de chover nos primeiros erros”.(Kiko Zambianchi).

      

      Misericórdia!

     

      Engraçado nós podemos clamar por misericórdia, mas oferecemos isso às pessoas das nossas relações?

     

      Penso que é mais fácil julgar, criticar, condenar, riscar o (a) outro (a) da nossa agenda telefônica do que lançar mão da compreensão, compaixão, aceitação e perdão.

    

      Veja: creio que perdoar não é esquecer, mas desligar-se das mágoas.Dar uma oportunidade para si própria, escolher a liberdade, tendo como consequência conseguir seguir em frente sem amarras repletas de ressentimentos e mágoas que, muitas das vezes, só contribuem para o nosso isolamento afetivo e nos impede de vivenciar relações verdadeiras que enriquecem a nossa convivência.

   

       Enfim, termino este artigo desejando que possamos refletir sobre como estamos nas relações e se elas estão carregadas de expectativas perfeccionistas ou reais porque afinal de contas: quem não precisa de misericórdia?

 

 

                                                                             

 

 

                                       (Fonte da imagem: http://diariodoacy.blogspot.com.br)