MUDANÇA
sempreemfrente
Em alguns momentos, parece que se faz necessário aparecer uma tribulação, um ‘tsunami’ em nossa vida para nos darmos conta de que a mudança faz parte do processo de evolução da espécie humana: nascimento, fase infantil para adolescência, adulta para maturidade, morte ou mesmo uma mudança de emprego, moradia, de estado civil, compromissos, planos...Mas apesar dessa tomada de consciência sobre as transformações, muitas vezes, involuntárias, ainda, somos surpreendidos pelas tribulações, tormentos, contrariedades inesperadas e deixamos nos inquietar, sentindo-se aflitos, ansiosos, medrosos e, muitas vezes, desesperados .
Nesta semana, me peguei pensando sobre como a possibilidade de mudar, de fazer diferente, viver o novo, causa insegurança, para algumas pessoas, mobiliza, às vezes, a fazer passar, através da imaginação, de um estado de paz para um de guerra.Agarrando-se as preocupações cotidianas,dúvidas e incertezas, usando a tal ‘síndrome de Gabriela’ como desculpa para continuar tudo como antes: 'Eu nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo assim, vou ser sempre assim, Gabriela'.Não concordo com essa síndrome, pois desde a nossa concepção estamos em constante mudança.As mutações são necessárias para desenvolver outras características, habilidades que serão favoráveis para melhor ocorrer à adaptação ao ambiente.De acordo com Charles Darwin “As espécies que sobrevivem não são as mais fortes, nem as mais inteligentes e sim aquelas que se adaptam melhor às mudanças”.
Por conseguinte, mudar é inevitável e, algumas mudanças, são extremamente necessárias, para que possamos nos desapegar do que não nos faz mais ir adiante e, sim, ficar em um estado, muitas vezes, letárgico, frouxo e acomodado sem enxergar novos rumos e direções a tomar.Muitas pessoas querem melhorar, mas não querem passar pela mudança com esforço, disciplina, dedicação, determinação e renúncia.Permanecem, somente, no plano dos sonhos, fantasias, sem conseguir dar um salto maior, ou mesmo abrir a janela de forma diferente para enxergar a paisagem com outro foco.Elas ,sem perceber, escolhem ficar paradas, agarradas ao passado, aos rancores, mágoas, decepções e sonhos que não deram certo.Ficam com sua vida estagnada e quando se deparam com um infortúnio, sofrimento ou dor tendem a se desesperar, largar tudo com impulsividade, sem paciência.Não aceitam o incontrolável e não sabem esperar o momento certo para mudar ‘o jogo’. Acreditam que o que está vivendo não vai passar.Pensam que são imortais e imutáveis.
Enfim, mudar é necessário, bem como morrer todos os dias é preciso para que possamos nascer lá na frente, mais transformados, fortes, firmes, confiantes, seguros, diferentes, novos, mais dinâmicos, alegres e dispostos a viver.Lembremos que não existe planta sem a morte da semente, nem borboleta sem a morte da lagarta.Assim, todo processo de evolução passa pela morte, pela mudança, quer queiramos ou não e “ seja qual for o grau a que chegamos, o que importa é prosseguir decididamente”(Filipenses 03,16) com o olhar fixo na melhora, na passagem do ‘tsunami’ para a calmaria, da guerra para a paz, valorizando todos os nossos momentos, intensamente, valorizando a nossa mudança.
(Fonte da imagem: http://rosana-borboletas.blogspot.com.br)