LUZ
sempreemfrente
Esta semana voltei a sentir o que há muito tempo não sentia: a dor da perda inesperada. Por alguns instantes, tive medo de voltar a não mais enxergar com clareza o que me é mais precioso. Porém, lembrei-me da orientação que recebi no início do ano: sê conformada com a ordem das coisas e contrariedades da vida. Foque a luz e não a escuridão.
Nelson Mandela no discurso da sua posse como presidente da África do Sul disse: “É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos assusta... Todos nós fomos feitos para brilhar... Nós nascemos para manifestar a glória de Deus dentro de nós... E enquanto permitimos que nossa própria luz brilhe, nós inconscientemente damos permissão a outros para fazer o mesmo. Quando nós nos libertamos do nosso próprio medo, nossa presença automaticamente libertará outros”.
Independente da crença em Deus ou não, compartilho com a mensagem de Mandela, pois algumas pessoas têm a tendência em ficar agarradas a situações passadas que não deram certo, que foram destrutivas ou ameaçadoras sem perceber que hoje, tudo pode ser diferente e melhor.
Fazer ou agir diferente pressupõe ser diferente, e, isso, para muitos é assustador e, também, angustiante.
Precisar tomar uma decisão, optar em manter-se distante de uma situação que não nos fará bem, parece fácil, mas, para outrem, é extremamente difícil. Precisamos de atitude, coragem, determinação, sinceridade e retidão com nossos objetivos e valores.
Uma coisa é desejar a luz para iluminar o ambiente que, no momento está escuro. Outra é sair do comodismo, da estagnação e ir à busca desta chama que ilumina e , quando achá-la, saber segurá-la com firmeza, certos que foi a melhor escolha sem medo de ser melhor, de ser iluminados.
Na vida, muitas das vezes, sentimos que não vamos aguentar as ventanias e, às vezes, cremos que o melhor a fazer é largar a candeia em qualquer lugar, ao invés de colocá-la em um candeeiro para iluminar o que precisa ser iluminado para contribuir com a nossa jornada na vida.
Para tanto, é necessário, permitir e estar dispostos a caminhar na luz, se libertar de tudo aquilo que nos impede de enxergar a verdade, mesmo que seja dolorosa, mas imprescindível para seguir em frente mais maduros e equilibrados, sem aquela faixa mentirosa que nos deixa privados da visão com medo da vida.
Segundo um provérbio, “Se um homem carrega a sua própria lanterna, não precisa temer a escuridão”.
Termino o artigo com uma frase que recebi de uma amiga alguns dias atrás: “Não brilhe apenas para que os outros vejam, mas para que sejam iluminados com seu brilho.” Assim, espero que possamos carregar e ser luz para cada pessoa que passar pela nossa existência.
Muita luz para mim, para você e para nós.